2º módulo – 27 de novembro e 8 e 9 de dezembro de 2015
Programei o 2º módulo pro FDS seguinte ao primeiro módulo, mas acabou não acontecendo.
Acabou que foi diluído em outros dias, num dia pra SAUNA, ainda em novembro, e depois com a Sessão do PES (AyA) que faltou.
Pois programei 2 sessões de chá, uma no Persona e outra no Terreno.
Aos poucos as pesquisas do Roberto Campadello e seu Espelho Persona vão entrando no Te&So, e já tinham contribuído com um exercício de SOMAIÊ quando estava vivo...
E seguindo a ideia do Primeiro Módulo, um pouco mais do Diário de Krishnamurti...
27 de novembro
8 de dezembro
(sem Krishnamurti)
9 de dezembro
---
essa mudança da programação foi muito útil nessa fase de MUDANÇAS,
finalizado o ciclo da SOMAIÊ, em 2016 investiremos em
Passado
o primeiro módulo, fazemos o CONVITE para o 2º módulo.
Este
Te&So é um momento paradigmático para Rui Takeguma, que recentemente
‘matou’ a Somaiê, pedagogia do observar. Ou seja, com a desistência de manter a
técnica que se afirmou como uma evolução da Somaterapia de Roberto Freire,
começa o investimento em algo desconhecido. Pode surgir uma Nova Somaiê, ou
mais provavelmente, um novo PROCESSO ainda-sem-nome.
Além de
Rui, duas crianças e duas adultas participaram do primeiro módulo. Focamos
prioritariamente em papos sobre SOMA/SOMAIÊ, CAPOEIRA e AYAHUASCA. Teve sessão
do PES (AyA) com foto PERSONA, teve vídeos, leituras e debates.
Faltou
SAUNA, Caminhadas, Toques e Treinos de Capoeira e quem sabe um rapé medicinal.
Vamos ver conforme os participantes do 2º módulo, como será a programação, que
lembrando, se propõe a se adequar as necessidades e contextos dos participantes
e suas relações com as Teorias da Somaiê. Provavelmente teremos mais uma sessão
de ayahuasca, agora na natureza do Solarium, e uma surpresa da programação
(coisas novas inclusive pro Te&So).
fotos de Rui Takeguma, e partes do Diário de Krishnamurti (das datas que acontece o evento) compõe o relato do Primeiro Módulo
Dia 14/11 sábado
14 de novembro
Sensibilidade e sensação são duas coisas distintas. As sensações, as emoções e os sentimentos sempre deixam resíduos, cujo acúmulo acaba por deformar e embrutecer a mente. Por serem contraditórias, as sensações sempre produzem conflito e este, por sua vez, embota a mente e distorce a percepção. Apreciar a beleza das coisas em termos de sensação, de gostar ou não gostar, é o mesmo que estar insensível ao belo; a sensação distingue o belo do feio; mas a divisão é incapaz de perceber a beleza. Para eliminar o conflito, gerado pelas sensações e pelos sentimentos, foi inventada a disciplina do controle e da repressão; mas, tudo isso serve apenas para criar a resistência que, mais uma vez, intensifica o conflito, o embotamento e a insensibilidade. O santificado controle e a repressão constituem a santificada insensibilidade e brutal apatia, motivo de tanta admiração e respeito no mundo. Criam-se e espalham-se ideiais e conclusões, que só servem para tornar a mente mais estúpida e insensível. Qualquer tipo de sensação, por mais requintada ou vulgar que seja, cria a resistência, o que é de efeito mortal. Ser sensível é morrer a cada resíduo da sensação; ser sensível, de maneira absoluta e contundente, a uma flor, a uma pessoa ou a um sorriso, é estar livre das marcas da memória, responsáveis pela destruição da sensibilidade. Estar consciente de todo processo das sensações, os sentimentos e os pensamentos são sempre fragmentados parciais e, portanto, de efeito destruidor. A sensibilidade e a síntese do corpo, da mente e do coração.
O conhecimento atua mecanicamente; o conhecimento, quando utilizado como prova de prestígio, gera conflito, antagonismo, inveja. Cozinhar ou governar são meras funções mecânicas, que, ao simbolizarem o status social, se transformar em motivo de disputa, de esnobismo e sociedade. A importância psicológica se atribui a função cria a hierarquia do prestígio social. Negar esta hierarquia é negar o status; existe a hierarquia da função, mas não no status. As palavras são de reduzido significado, já o fato é de plena importância. O fato jamais traz sofrimento, mas as palavras, encobrindo o fato e buscando a fuga, ocasionam indizível conflito e dor.
dia 15/11 - domingo 15 de novembro De madrugada, as nuvens envolviam os montes, os pássaros cantavam, chilreavam e guinchavam, uma vaca mugia e um cão uivava. Atrás dos montes e das nuvens o céu filtrava uma luz suave que embelezava o amanhecer. O som de uma flauta, acompanhada de pequeno tambor, vinha de um imenso ficus centenário. Emitindo acordes suaves, que pareciam penetrar em nosso ser, o som daquela flauta se espalhou por toda a região. A música era ouvida com nitidez, apesar da interferência de outros sons; as vibrações do pequeno tambor acompanhavam a melodia da flauta, juntamente com o grasnido rouco de um corvo. Todo som é penetrante: a alguns nós resistimos, a outros nos entregamos com deleite, distinguindo o agradável do desagradável e, com isso, sempre saímos perdendo. O grasnido do corvo veio com o rufar do tambor, servindo de fundo aos acordes delicados da flauta; deste modo, aquele conjunto de sons transcendia toda forma de resistência ou busca de prazer. E, nisto, havia incrível beleza, não a beleza cultivada pelo pensamento e sentimento. E com aquela música surgia repentinamente a meditação, contendo em si todas as coisas do universo, ampliando e aprofundando cada vez mais aquela explosão. Toda explosão é em si destruidora e a destruição faz parte da terra e da vida, que é o próprio amor. A nota emitida pela flauta teria o efeito de uma explosão se nós não preferíssemos levar uma vida sem riscos, mas que, por isso mesmo, se torna um enfadonho fardo. Entediados com a existência que nós mesmos criamos, tentamos inutilmente dar um significado àquela feiúra revestida de vulgar beleza. Dessa maneira, a música a ser cultivada como fonte de emoção, como o futebol ou uma missa religiosa. De ação ruinosa, a emoção e o sentimento se transforma facilmente em ódio. Mas, o amor não é mera sensação ou sentimento. Na completa atenção, sem resistência, sem nenhuma barreira, está o milagre daquela explosão, que destrói as coisas conhecidas; atentar, de maneira espontânea e natural, para aquela explosão é penetrar em regiões intangíveis e inacessíveis ao pensamento e ao tempo.
dia 16/11 - segunda
o 2 º módulo foi idealizado pro FDS seguinte ao 1º, mas pra atender as necessidades dos participantes, adiamos um pouco...
Cadastro pro Bate-Papo (23/10) e Vivências de Somaiê (24 e 25/10) escreva pra somaterapia@gmail.com
23/10 - sexta-feira - 20h - BATE-PAPO VIRTUAL sobre "Somaiê, Capoeira Angola e Solarium" 24 e 25/10 - sábado e domingo - VIVÊNCIAS VIRTUAIS DE SOMAIÊ
sáb - 16h30 as 19h30 e dom - 10h as 13h
A Somaiê
está mudando, a cada momento desses últimos anos venho estudando como adequar a
técnica às mudanças estruturais que tive no meu viver pessoal.
Passei
por um ciclo de 12 anos com o Roberto Freire (1990 a 2001).
Despois de
romper com o criador da técnica, incorporo as teorias da Biologia do Conhecer
(ou amar). Surge o Te&So (teorias & somaiê) como uma nova etapa de 12
anos também (2004 a 2015).
Fazem
alguns anos que me mudei definitivamente pra Visconde de Mauá, num fluxo que
chamo de ir-na-contramão-da-história. Ou seja, nasci e vivi no meio urbano e me
mudo pro campo no momento em que a humanidade se tornou predominantemente
urbana. Mas o paradoxal da minha história-pessoal-somática é que quando adquiro
um terreno pra se tornar a SEDE da Somaiê e Te&So, não consigo mais montar
os grupos como fazia anteriormente.
Já
teorizei e especulei mudanças, mas elas precisam ser radicalizadas pra serem
realmente vividas. Há muito tempo que fazer SOMAIÊ está sendo mais um
investimento financeiro, que uma forma de trabalho – no sentido monetário, em
que mais gasto e invisto, que realmente tenho um retorno financeiro. E chegou o
momento de acabar com esse paternalismo ideológico.
Há
pessoas interessadas em vários locais do Brasil pela técnica da SOMAIÊ e SOMA.
Mas em nenhuma cidade esse número passa de 10 pessoas (no nível de
comparecimento efetivo em evento, pois virtualmente esse número é grande, mas
ilusório).
Devido a
característica do núcleo de São Paulo (um participante foi atropelado de bike),
tinha me programado a fazer 2 vivências mais teóricas em conjunto com treinos
de capoeira para o encontro deste mês.
BOM, de
ontem pra hoje resolvi mudar.
Farei uma
experiência que pode ser o fim definitivo da SOMAIÊ, ou o nascimento de uma
nova forma de levar meu conhecimento aos que se interessem em mudanças radicais
em seu viver...
Faremos 3
atividades VIRTUAIS. Usando sistema de bate-papo ou videoconferência, ainda vou
ver o que será mais prático.
Sexta um
Bate-papo, e sábado e domingo vivências, uma centrada na Biologia do Conhecer,
e outra nas Mandalas Ontogenéticas.
O custo
será no sistema PAGUE-O-QUE-ACHAR-JUSTO. Ou seja, depois das Vivências, cada um define o valor a depositar em minha conta, ou não.
Dessa
forma, existe a perda do contato corpo-a-corpo, e a possibilidade de participação
de pessoas de outras cidades.
Em
NOVEMBRO, teremos 9 dias de Encontro de Te&So em Visconde de Mauá. Uma
forma de aprofundar a terapia (como sempre foram as vivências de campo da soma
e somaiê) e também como uma forma de criar uma instância de um grupo de cidades
diferentes.
Interessados
da SOMAIÊ de SP, MG, ES, PR e RS, ou outros Estados, podem participar e experimentar
essa nova forma de SOMAIÊ.
As taxas
das atividades em Visconde de Mauá podem ser diminuídas com trocas de trabalho
no SOLARIUM.
Enfim,
mudar é minha forma de homenagear permanentemente o Roberto Freire, que nos 12
anos que convivi com ele mudou bastante a somaterapia que fiz como cliente e
depois como somaterapeuta e companheiro.
Vejo
núcleos se formarem pra estudar a SOMA clássica de Freire, mas me parece tão
ultrapassado quanto falar de Reich, Bioenergética, Gestalterapia, Antipsiquiatria,
Capoeira Angola e Anarquismo, sem olhar pra atualidade.
Bem,
veremos o que acontece....
Rui
Takeguma, Vila de Maringá, 22/10/2015
Atualização de 28/10/2015 (não vejo mais interesse das pessoas por essa técnica, quando há o interesse ele é menor que a vontade de sair da zona de conforto...)